A violência, em seus mais variados contornos, caracteriza-se como um fenômeno histórico o qual sempre esteve presente no contexto da sociedade brasileira. Nesse sentido, tal forma de agressão teve início no Brasil a partir da chegada dos portugueses e dos violentos conflitos entre os bandeirantes e os indígenas locais.
De acordo com o documentário “Guerra sem fim”, a intensa busca por mercadorias no território brasileiro fez com que os nativos do país sofressem as mais diversas formas de hostilidade, tendo a cultura, visão e ideologia inerentes aos indígenas destruídas pelos princípios consumistas e egocêntricos trazidos pelos europeus. Nessa perspectiva, a maneira dos portugueses de perceberem os habitantes do país não como iguais mas sim como seres primitivos que deveriam ser “doutrinados” fomentaram uma série de revoltas, principalmente a partir do século 17, sendo que a guerra era vista como uma forma de ritual para os indígenas e, para os europeus, como uma mera estratégia de dominação marcada principalmente pela agressividade.
Além disso, de acordo com o contexto histórico do Brasil, é perceptível que os conflitos internos nunca foram tratados como guerras civis mas sim como revoltas ou rebeliões, a exemplo da Revolta dos balaios, cabanagem, sabinada e a guerra dos farrapos, visto que, com o surgimento da historiografia no século 19, surgiu-se a necessidade da representação de um país pacífico. Nessa conjuntura, o mito da cordialidade brasileira, explicitado por Sérgio Buarque de Holanda no livro “Raízes do Brasil” sofreu um notável aumento de aceitação popular, principalmente entre os brasileiros, apesar de estar comprovado o fato de o Brasil configurar-se entre as sociedades mais violentas do mundo.
” Ainda dentro do contexto da violência na conjuntura histórica brasileira, a solução para tal problema envolve os mais diversos setores da sociedade, não só a segurança pública e um judiciário eficiente, mas também demanda com urgência, profundidade e extensão a melhoria do sistema educacional, saúde, habitacional, oportunidades de emprego, dentre outros fatores. Requer principalmente uma grande mudança nas políticas públicas e uma participação maior da sociedade nas discussões e soluções desse problema de abrangência nacional. ” – Orson Camargo, mestre em sociologia pela universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Segue abaixo algumas fotos e imagens retratando o período de escravidão no Brasil:

“Senhora branca na liteira, uma espécie de cadeira, usada para fazer o transporte individual de pessoas. Os escravos, claro, faziam o transporte. Bahia 1860.” Fonte: Agora faz sentido
Fotos/Imagens retiradas da internet
Uma época de ignorância. Hoje a escravidão que ainda existe é o preconceito dos ricos pelos pobres.
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Parabéns pelo post! Adorei, e ver o quanto essa violência reflete até hoje é mais triste ainda 😦
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